Nosso Lema

“Satyât nâsti paro Dharma”

segunda-feira, 23 de abril de 2012

A REFORMA ÍNTIMA DE BENJAMIN FRANKLIN
























Muitos são os motivos que nos levam à Casa Espírita: Pelo amor, pela dor, convite de alguém, hoje, pela razão, etc...
E o que acontece? Assistimos palestras, recebemos o passe, tomamos água fluidificada e vamos embora. Somos espíritas apenas dentro da Casa Espírita, estas atitudes irão se repetir por longo tempo. Mas à medida que vamos estudando e compreendendo melhor os ensinamentos espíritas, sentimos que necessitamos nos integrar mais nas ações de reforma moral da sociedade, e nada melhor para fazermos isso do que iniciando por nós mesmos, ou seja, que sejamos espíritas na convivência com o mundo, e isso nos leva à nossa reforma moral.
Todo espírita estudioso caminha neste sentido, porque compreende que o Espiritismo como filosofia busca atingir o seu mais nobre objetivo, que é a reforma moral da criatura.
A grande maioria dos livros escritos pelas vias mediúnicas são ricos de ensinamentos e verdadeiros tratados de saúde mental, com uma terapia baseada no Evangelho de Jesus e na Codificação Kardequiana.
Livros como: “Auto Conhecimento”, “O Homem Integral”, “O Ser Consciente”, “Espelho D’alma”, “Momentos de Renovação” e outros não necessariamente espíritas, nos indicam a importância da Reforma Íntima, ou renovação de atitudes, como fator essencial para alcançarmos o progresso moral e espiritual, visando à nossa felicidade relativa.
Duas afirmativas nos chamam à reflexão:

1. Renovação de atitudes...

Um jovem foi ao médico, queixando-se de dores abdominais. Tendo sido atendido pelo médico, este atencioso, realizou exames, fez entrevistas, e ao final chegou ao diagnóstico: Cirrose hepática, doença do fígado por ingestão de bebida alcoólica. Enfermidade conhecida e facilmente tratável, receitou um tratamento, onde o paciente deveria tomar uma medicação, fazer caminhadas diárias, ao final da caminhada realizar algumas ginásticas. O paciente saiu satisfeito pois veria-se livre de suas dores. Ao final de um mês, retornou novamente o paciente ao consultório médico, onde o doutor o atendeu solícito.

Ah, doutor! O tratamento não deu resultado, pois continuo a sentir dores. O profissional estranhou, pois tinha confiança em seu diagnóstico, mas voltou a examiná-lo.

- O senhor tomou o remédio que lhe receitei? Sim senhor doutor, certinho, três vezes ao dia!
- O senhor fez as caminhadas para melhorar a circulação? Cinco quilometros todos os dias doutor!
- O senhor fez as ginásticas como recomendado? Uma hora diária após as caminhadas doutor!
- O senhor parou de beber? Não doutor... doutor continua doendo...

A medicina terrena trata das enfermidades do corpo físico, o Espiritismo trata das enfermidades do espírito (estando ele encarnado ou não). O médico nos escuta, analisa, faz exames e nos recomenda um tratamento. A Casa Espírita, nos escuta, analisa, consola, e também nos recomenda mudanças de atitudes; mas esta vai mais além em nosso benefício, pois nos fornece o passe magnético, a água fluidificada e em alguns casos tratamentos de desobssessões.

Mas assim como no caso do paciente enfermo, se quisermos melhorar, cumpre que façamos a nossa parte mudando as nossas tendências negativas, ou ficaremos indefinidamente tomando remédios, realizando caminhadas, fazendo ginásticas, recebendo passes, tomando água fluidificada...
Emmanuel, em uma de suas mensagens no diz: “O pastor conduz o seu rebanho, mas são as ovelhas que andam com as próprias pernas”.

2. Felicidade relativa...(Em virtude da afirmativa de Jesus – “A felicidade não é deste mundo” Bíblia/Eclesiastes, Evangelho Segundo o Espiritismo/ Capítulo V, item 20). Analisando esta afirmativa do Cristo apenas pela letra que mata e não pelo espírito que vivifica, muitos apressados, inimigos do estudo e cultores do negativismo atribuem que estamos na Terra para sofrer, que este é um vale de lágrimas, aqui só há dores e aflições, etc. Semelhantes afirmativas são no mínimo equivocadas e inconsequentes, pois espalham o desânimo, pessimismo, descrença, resignação incondicional. A nossa razão nos mostra que podemos e temos momentos felizes mesmo no estágio evolutivo em que nos encontramos, pois quem não fica feliz com um casamento? O nascimento do primeiro filho? Uma formatura? O primeiro emprego? No aniversário, receber aquele presente tão esperado? Jesus, profundo conhecedor, não iria contrariar as Leis Naturais, negando estes fatos. Ele se referia tão somente à felicidade plena, que é atributo apenas dos Mundos Felizes e Angélicos.

Sabemos então que para evoluirmos espiritualmente temos que realizar a nossa Reforma Íntima, mas algumas perguntas nos assaltam:

• O que é Reforma Íntima? Ela deve ser compreendida como a chave mestra para o sucesso de sua melhora interior e, consequentemente, da sua felicidade exterior.

• Para que serve? Renovar as esperanças interiores tendo por meta o fortalecimento da fé, a solidificação do amor, a incessante busca do perdão, o cultivo dos sentimentos positivos e a finalização no aperfeiçoamento do ser.

• O que fazer? Realizar atos isolados, no dia-a-dia levando-nos a melhorar as nossas atitudes, alterando para melhor a nossa conduta aproximando-a tanto quanto possível do ideal cristão.

• Por onde começar? Pela auto crítica.

• Como fazer a reforma íntima? Bem .....

(Cairbar Schutel – “Fundamentos da Reforma Íntima” Abel Glaser).

Embora uma linha de pensadores espíritas entenda que os meios de o conseguir é obra e esforço de cada um, as obras literárias estão repletas de indícios e dicas.

Em “O Livro dos Espíritos” no capítulo Conhecimento de si mesmo, à pergunta 919, Allan Kardec questiona aos Espíritos:

- Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?

“Um sábio da antiguidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo.”

Allan Kardec, profundo conhecedor das deficiências humanas, investiga mais a fundo no desdobramento da questão acima.

919a) - Conhecemos toda a sabedoria desta máxima, porém a dificuldade está precisamente em cada um conhecer-se a si mesmo. Qual o meio de consegui-lo?

“Fazei o que eu fazia, quando vivi na Terra: ao fim do dia, interrogava a minha consciência, passava revista ao que fizera e perguntava a mim mesmo se não faltara a algum dever, se ninguém tivera motivo para de mim se queixar...(SANTO AGOSTINHO).( O Livro dos Espíritos - Allan Kardec)

Parece resultar daí que o conhecimento de si mesmo é a chave do progresso individual.

(esta é uma tarefa que compete a cada um individualmente).

Ocorre-nos lembrar de Benjamin Franklin, Estadista, escritor e inventor norte americano (inventor do para-raio, Boston 17-01-1706 - Filadélfia 17-04-1790).

Benjamin Franklin era um tipógrafo na Filadélfia, homem fracassado e cheio de dívidas, achava que tinha aptidões comuns, mas acreditava que seria capaz de adquirir os princípios básicos de viver com êxito, se pudesse apenas encontrar o método certo. Método este encontrado e relatado em seu livro a “Autobiografia de Benjamin Franklin” (1771-1788).

Benjamin Franklin, em sua juventude era um homem de muita inteligência e perspicácia, apesar de ter estudado apenas até o segundo ano primário. Era ávido por conhecimento e lia muito, estudava e escrevia ensaios e poesias. Estudava sobre tudo que lhe interessava, principalmente sobre os grandes vultos da história de todos os tempos. Por isso mesmo tinha uma grande cultura e um conceito moral muito rígido, e cobrava-se muito, bem como, cobrava aos outros a mais correta e ilibada conduta. Em suas reuniões sociais, tecia críticas francas e ácidas sobre todos os deslizes de seus colegas, sentindo um prazer mórbido em derrotar verbalmente aos seus oponentes, fato que ao longo do tempo foi deixando-o só e isolado nas reuniões a que eram “obrigados” a convidá-lo pelo seu cargo político.

Sentindo o peso deste isolamento, em conversa com um amigo muito chegado, comentou esta aversão das pessoas de seu convívio.
Tendo sido localizada a causa deste sentimento de aversão, com uma tenacidade que só as almas valorosas possuem, empreendeu luta acirrada ao combate às suas imperfeições.
Mas por mais que se esforçasse, controlava uma imperfeição mas caía invariavelmente em outra, quando esta outra recebia a sua atenção novo deslize fazia-o tropeçar, e a situação não avançava. Era como se estivesse tentando reter água com as mãos que, não obstante, escorria por entre seus dedos.
O isolamento continuava e até acentuava-se.

Lembrando-se das habilidades bélicas de Napoleão Bonaparte, que adotava a estratégia de “dividir para vencer”, de espírito inventivo, Franklin imaginou um método tão simples, porém tão prático, que qualquer pessoa poderia empregá-lo.
Franklin escolheu treze princípios que julgava ser necessário ou desejável aprender e procurar praticar. Escreveu-os em pequenos pedaços de cartolina, com breve resumo do assunto, e dedicou uma semana da mais rigorosa atenção a cada um desses princípios separadamente. Desse modo, pode percorrer a lista toda em treze semanas, e repetir o processo quatro vezes por ano.
Quando passava ao princípio seguinte não esquecia os anteriores, e cada vez que se pegava em falha, fazia uma pequena marca no verso do cartão, assim no retorno àquele princípio dedicava maior atenção e esforço.

Manteve em segredo o que estava fazendo, pois receava que os outros se rissem dele. (é triste constatar que até os dias de hoje nos vangloriamos de atos incorretos, falcatruas, engodos, vícios que cometemos, mas temos vergonha de admitirmos que estamos tentando melhorar praticando alguma virtude).

Ao fim de um ano Franklin havia completado quatro cursos, e constatou que já buscava com naturalidade o controle de suas falhas, apesar de estar longe de dominar com perfeição qualquer daqueles princípios.

Este procedimento deu tão certo que Franklin utilizou-o ao longo de toda a sua vida, embora mudando os princípios uma vez já tendo controlado aquela deficiência combatida.
Os treze princípios de Benjamin Franklin eram :
(Autobiografia de Benjamin Franklin):
(tais como escreveu e na ordem que lhes deu)

Temperança – Não coma até o embotamento; não beba até a exaltação.
Silêncio – Não fale sem proveito para os outros ou para si mesmo; evite a conversação fútil.
Ordem- Tenha um lugar para cada coisa; que cada parte do trabalho tenha seu tempo certo.
Resolução – Resolva executar aquilo que deve; execute sem falta o que resolve.
Frugalidade – Não faça despesa sem proveito para os outros ou para si mesmo; ou seja nada desperdice.
Diligência – Não perca tempo; esteja sempre ocupado em algo útil; dispense toda atividade desnecessária.
Sinceridade – Não use de artifícios enganosos; pense de maneira reta e justa, e, quando falar, fale de acordo.
Justiça – A ninguém prejudique por mau juízo, ou pela omissão de benefícios que são dever.
Moderação – Evite extremos; não nutra ressentimentos por injúrias recebidas tanto quanto julga que o merecem.
Asseio – Não tolere falta de asseio no corpo, no vestuário, ou na habitação.
Tranquilidade – Não se perturbe por coisas triviais, acidentes comuns ou inevitáveis.
Castidade – Evite a prática sexual sem ser para a saúde ou procriação; nunca chegue ao abuso que o enfraqueça, nem prejudique a sua própria saúde, ou a paz de espírito ou reputação de outrem.
Humildade – Imite Jesus e Sócrates.

A quantos desejarem experimentá-lo, sugere-se analisarem-se, buscando aquelas deficiências mais comuns e corriqueiras, que sabemos possuir, ou as qualidades que não temos mas que gostaríamos de ter, adaptando o método às necessidades e interesses de cada um. Ao alcançar uma conquista, alterar a meta, buscando por outra, que vão surgindo ao longo do tempo, mas cuidando sempre para que não incorram em recaída.

Este não é o primeiro e nem será o último método inventado, que visa à melhoria das pessoas através da reforma íntima, mas com certeza, nos aponta mais uma alternativa palpável e simples, que está ao alcance de quantos tiverem a coragem e a vontade firme de empreender esta luta íntima na escalada evolutiva.

Não é um caminho fácil. Não existe caminho fácil. Mas é um caminho seguro.

Em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, no capítulo XVII, SEDE PERFEITOS, Allan Kardec escreveu:

“Reconhece-se o verdadeiro Espírita pela sua transformação moral, e pelos esforços que emprega para domar as suas más inclinações”.

Na Bíblia em “O Novo Testamento”, Tiago em suas epístolas nos adverte: “Fé sem obras é estéril”.
Que Jesus nos ilumine e guie.
Muita paz.


Bibliografia:
O Evangelho Segundo o Espiritismo. (Allan Kardec).
O Livro dos Espíritos. (Allan Kardec).
O Homem Integral.( Divaldo Pereira Franco – Joanna de Angelis).
Autobiografia de Benjamin Franklin.
Fundamentos da Reforma Íntima. (Abel GlaserCairbar Schutel)

Fonte do texto:
http://www.espirito.org.br/portal/palestras/diversos/reforma-intima.html
Autor: João Batista Armani
Florianópolis
18/03/2002


Leiam também a interessante página da Liga de Historiadores e Pesquisadores do Espiritismo, mormente a secção de Artigos, Teses e Publicações, em que os estudiosos primam pela imparcialidade no trato das questões. Nela temos fontes seguras para aprofundarmos os nossos estudos e a clareza necessária para vivenciarmos o espiritismo na vida cotidiana.









quinta-feira, 19 de abril de 2012

CONSELHO OPORTUNO



PODE ACREDITAR...


Falará você na bondade a todo instante, mas, se não for bom, isso será inútil para a sua felicidade.
Sua mão escreverá belas páginas, atendendo a inspiração superior; no entanto, se você não estampar a beleza delas em seu espírito, não passará de estafeta sem inteligência.
Lerá maravilhosos livros, com emoção e lágrimas; todavia, se não aplicar o que você leu, será tão-somente um péssimo registrador.
Cultivará convicções sinceras, em matéria de fé; entretanto, se essas convicções não servirem à sua renovação para o bem, sua mente estará resumida a um cabide de máximas religiosas.
Sua capacidade de orientar disciplinará muita gente, melhorando personalidades; contudo, se você não se disciplinar, a lei o defrontará com o mesmo rigor com que ela se utiliza de você para aprimorar os outros.
Você conhecerá perfeitamente as lições para o caminho e passará, ante os olhos mortais do mundo, à galeria dos heróis e dos santos; mas, se não praticar os bons ensinamentos que conhece, perante as leis Divinas recomeçará sempre o seu trabalho e cada vez mais dificilmente.
Você chamará a Jesus, mestre e senhor...; se não quiser, porém, aprender a servir com ele, suas palavras soarão sem qualquer sentido.

* * *

André Luiz

(Mensagem retirada do livro "Agenda Cristã" psicografia de Francisco Cândido Xavier)

Fonte da mensagem:
http://www.espirito.org.br/portal/mensagens/m0383.html

quarta-feira, 18 de abril de 2012

ILUMINANDO O CAMINHO INICIÁTICO COM JESUS




Nada melhor do que ler a psicografia de Chico Xavier, para começarmos a entender a necessidade de um esforço iniciático na vivência da moral cristã. Abaixo grifamos os trechos da quarta parte de O Consolador, que demonstram a profundidade do método de iniciação propugnado por Edgard Armond, em suas Escolas de Aprendizes do Evangelho:


Livro: O Consolador
Emmanuel & Francisco Cândido Xavier

Quarta Parte

ILUMINAÇÃO - NECESSIDADE

218 - A propaganda doutrinária para a multiplicação dos prosélitos é a necessidade imediata do Espiritismo?

- De modo algum. A direção do Espiritismo, na sua feição de Evangelho redivivo, pertence ao Cristo e seus prepostos, antes de qualquer esforço humano, precário e perecível. A necessidade imediata dos arraiais espiritistas é a do conhecimento e aplicação legítima do Evangelho, da parte de todos quantos militam nas suas fileiras, desejosos de luz e de evolução. O trabalho de cada um na iluminação de si mesmo deve ser permanente e metodizado. Os fenomenos acordam o espírito adormecido na carne, mas não fornecem as luzes interiores, somente conseguidas à custa de grande esforço e trabalho individual. A palavra dos guias e mentores do Além ensina, mas não pode constituir elementos definitivos de redenção, cuja obra exige de cada um sacrifícios e renúncias santificantes, no laborioso aprendizado da vida.

219 - Nos trabalhos espiritistas, onde poderemos encontrar a fonte principal de ensino que nos oriente para a iluminação? Poderemos obtê-la com as mensagens de nossos entes queridos, ou apenas com o fato de guardarmos o valor da crença no coração?

- Numerosos filósofos hão compendiado as teses e conclusões do Espiritismo no seu aspecto filosófico, científico e religioso; todavia, para a iluminação do íntimo, só tendes no mundo o Evangelho do Senhor, que nenhum roteiro doutrinário poderá ultrapassar.

Aliás, o Espiritismo em seus valores cristãos hão, possui finalidade maior que a de restaurar a verdade evangélica para os corações desesperados e descrentes do mundo.

Teorias e fenômenos inexplicáveis sempre houve no mundo. Os escritores e os cientistas doutrinários poderão movimentar seus conhecimentos na construção! de novos enunciados para as filosofias terrestres, mas a obra definitiva do Espiritismo é a da edificação da consciência profunda no Evangelho de Jesus Cristo.

O plano invisível poderá trazer-vos as mensagens mais comovedoras e convincentes dos vossos bem-amados; podereis guardar os mais elevados princípios de crença no vosso mundo impressivo. Todavia, esse é o esforço, a realização do mecanismo doutrinário em ação, junto de vossa personalidade. Só o trabalho de auto-evangelização, porém, é firme e imperecível. Só o esforço individual no Evangelho de Jesus pode iluminar, engrandecer e redimir o espírito, porquanto, depois de vossa edificação com o exemplo do Mestre, alcançareis aquela verdade que vos fará livres.

220 - Há alguma diferença entre a crença e a iluminação?

- Todos os homens da Terra, ainda os próprios materialistas, crêem em alguma coisa. Todavia, são muito poucos os que se iluminam. O que crê, apenas admite; mas o que se ilumina vibra e sente. O primeiro depende dos elementos externos, nos quais coloca o objeto da sua crença; o segundo é livre das influências exteriores, porque há bastante luz no seu próprio íntimo de modo a vencer corajosamente nas provações a que foi conduzido no mundo.

É por essa razão que os espiritistas sinceros devem compreender que não basta acreditar no fenômeno ou na veracidade da comunicação com o Além, para que os seus sagrados deveres estejam totalmente cumpridos, pois a obrigação primordial é o esforço, o amor ao trabalho, a serenidade nas provas da vida, o sacrifício de si mesmo, de modo a entender plenamente a exemplificação de Jesus-Cristo, buscando a sua luz divina para a execução de todos os trabalhos que lhes competem no mundo.

221 - A análise pela razão pode cooperar, de modo definitivo, no trabalho de nossa iluminação espiritual?

- É certo que o homem não pode dispensar a razão para vencer na tarefa confiada ao seu esforço, no círculo da vida; contudo, faz-se mister considerar que essa razão vem sendo trabalhada, de muitos séculos no planeta, pelos vícios de toda sorte.

Temos plena confirmação deste asserto no ultrarracionalismo europeu, cuja avançada posição evolutiva, ainda agora, não tem vacilado entre a paz e a guerra, entre o direito e a força, entre a ordem e a agressão.

Mais que em toda parte do orbe, a razão humana ali se elevou às mais altas culminâncias de realização e. todavia, desequilibrada pela ausência do sentimento, ressuscita a selvageria e o crime, embora o fausto da civilização.

Reconhecemos. pois, que na atualidade do orbe toda iluminação do homem há de nascer, antes de tudo, do sentimento. O sábio desesperado do mundo deve volver-se para Deus como a criança humilde, para cuidar dos legítimos valores do coração, porque apenas pela reeducação sentimental, nos bastidores do esforço próprio, se poderá esperar a desejada reforma das criaturas.

222 -Que significa o chamado "toque' da alma" ao qual tantas vezes se referem os Espíritos amigos?

- Quando a sinceridade e a boa-vontade se irmanam dentro de um coração, faz-se no santuário interior a luz espiritual para a sublime compreensão da verdade.

Esse é o chamado "toque da alma", impossível para quantos perseverem na lógica convencionalista do mundo, ou nas expressões negativas das situações provisórias da matéria, em todos os sentidos.

223 - Há tempo determinado na vida do homem terrestre para que se possa ele entregar, com mais probabilidades de êxito, ao trabalho de iluminação?

- A existência na Terra é um aprendizado excelente e constante. Não há idades para o serviço de iluminação espiritual. Os pais têm o dever de orientar a criança, desde os seus primeiros passos, no capítulo das noções evangélicas, e a velhice não tem o direito de legar o cansaço orgânico em face desses estudos de uma necessidade própria.

É certo que as aquisições de um velho, em matéria de conhecimentos novos, não podem ser tão fáceis como as de um jovem em função de sua instrumentabilidde sadia, fisicamente falando; os homens mais avança os em anos têm, contudo, a seu favor as experiências da vida, que facilitam a compreensão e nobilitam o esforço da iluminação de si mesmos, considerando que, se a velhice é a noite, a alma terá no amanhã do futuro a alvorada brilhante de uma vida nova.

224 - As almas desencarnadas continuam igualmente no serviço da iluminação de si próprias?

- Nos planos invisíveis, o Espírito prossegue na mesma tarefa abençoada de aquisição dos próprios valores, e a reencarnação no mundo tem por objetivo principal a consecução desse esforço.


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Fonte da imagem:
http://busca-espiritual.blogspot.com.br/2009/09/o-pai-em-mim.html

segunda-feira, 16 de abril de 2012

O QUE É A ESCOLA DE APRENDIZES DO EVANGELHO?

Vídeos de autoria do irmão Edelson da Silva Junior

O Mestre Edgar Armond - pelo discípulo Jacques Conchon

Entrevista com Jacques Conchon, aprendiz da 7ª Turma de Aprendizes do Evangelho, falando sobre o fundador da Escola, o Cmte. Edgard Armond e sobre a criação do CVV.

O CAMINHO INICIÁTICO 1 - O ASPIRANTE

Caminhante, não há caminho. Faz-se o caminho ao caminhar

Prezado leitor,

Você é um daquelas pessoas que há anos busca incansavelmente o conhecimento espiritual, seja por técnicas terapêuticas, por métodos alternativos de cura, que transita por várias religiões mas ainda ainda não sabe ao certo onde pousar os seus pés?
Às vezes, começa a sentir um vazio no seu peito e a perceber que, apesar de todos os conhecimentos adquiridos, das técnicas aprendidas, dos métodos aplicados, nada de real aconteceu em sua vida, e que é a mesma pessoa, com os mesmos velhos hábitos de sempre?
Se você chegou até aqui sentindo tudo isso, eis que a porta da Primeira Iniciação lhe será aberta.
Você é um aspirante a Aprendiz.*


E eu te apresentarei o caminho iniciático da Escola de Aprendizes do Evangelho, idealizada por Edgard Armond.

A Escola de Aprendizes do Evangelho (EAE) –
é a vivência do Cristianismo como proposta essencial de
aperfeiçoamento moral da Humanidade, através da Reforma Intima do ser.
A EAE busca a renovação do homem em seus sentimentos, pensamentos e atitudes,
trazendo experiências de verdadeiro auto-conhecimento e despertamento de
seus ideais divinos. 
A EAE é um processo de Iniciação Espiritual baseado no
Evangelho de Jesus, que tem por finalidade preparar e purificar os espíritos
para o ingresso em vidas mais perfeitas, na comunhão de todos os dias com
Deus, despertando a consciência interna para que vibre em sintonia com os
planos espirituais mais elevados.

*Texto baseado em
O Caminho Iniciático 
de  Pedro Elias
(artigo publicado em 02 de novembro de 2009)
.


  
Para contato com a Equipe de Apoio da Escola a Distância escreva para o link: 

AOS CAMINHANTES


Este blog publicará as várias lições colhidas durante minha aprendizagem do processo de aperfeiçoamento interior, idealizado por Edgard Armond, que está acessível a todo aquele que quiser trilhar o caminho iniciático.